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sexta-feira, maio 14, 2021

Carta-poema à prima-paixão

 

Carta-poema à prima-paixão

 



Ver o mar,
ver o verde. O beijo da onda,
a areia de Itacoatiara
e a língua do mar a beijar-nos
entre as pedras de Itacoatiara.

 

O céu:
o azul-fumaça
e plúmbeos cúmulos-nimbos
em cafunés nos penedos
de Itacoatiara.

 

Iná:

O róseo da pele,
lembrar o plácido de olhares
e palavras, a carícia presente.
Vontade de ficar e sonhar passado:
viver outra vez
a prima-paixão.


*   *   *
Poeta Luiz de Aquino

Em 1957...
 

10 comentários:

andré vieira de campos disse...

Linda homenagem!

Unknown disse...

Que poema lindo, Luiz! Delicado! Adorei

Gugu disse...

E o poeta se permite revelar segredos adolescentes quase inconfessáveis.e parece nos denunciar em cada verso,em cada edtrife

Alcione Guimarães disse...

Que poema lindo, Luiz! Delicado! Parabéns!

Zanilda Freitas disse...

Gostei do comentário do Gugu. Quem de nós não guarda aquele segredo da adolescência? Lindo seu poema, querido Poeta!

Waldir Ferreira disse...

Bom dia amigo, que beleza de poema, esses dias tive um segredo desses denunciado por um monóculo. Rsrs. Tempo em que a gente se apaixonava fácil.

Léo Araújo disse...

Bom dia amigo, foi bom reivindicar esse poema, ele é muito bom.

Sônia Elizabeth disse...

Quem nunca...primos e primas...

Maria Helena Chein disse...

“Carta-poema...”
Palavras na medida certa. Versos de verdes e azuis emergindo das águas de encantar o poeta.
A musa respira o ar do mar e permanece: doce lembrança! Perfeito poema!

Lucas Faria disse...

Eita!, pra quem já teve, mesmo que sem as pedras beira-mar de Itacoatiara.