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quarta-feira, maio 05, 2021

Única...

Única...


 

Não lhe deixei minhas mãos
de calor e carícias,
eu as trouxe, sim. Mas ficaram as marcas
dos meus dedos em seu corpo
e os gestos de amor em sua lembrança,
por isso me cobra a distância.

 

Não lhe deixei gravadas
as falas de amor e aconchego
mas ecoam elas em sua lembrança
como eu quis, como sonhei
e como é.

 

Não lhe deixei um adeus.
Eu trouxe comigo o tempo
que foi nosso e intenso
porque me cabe voltar e refazer
em segredo e completo
o amor que descobrimos.

 

Agora, somos unos.


 *   *   *

Poeta Luiz de Aquino



7 comentários:

Zanilda Freitas disse...

Que belo poema! Fez-me lembrar do seu professor no Pedro II, JG de Araújo Jorge.

Rosy Cardoso disse...

Etttahhh poeta maravilhoso!

Mara Narciso disse...

Sorte minha ter poemas de mão cheia para ler e contemplar, emanada de puro deleite e delícia. Na temática erótica e amorosa, você nada do Brasil à África e ainda volta cheio de novidades. Cada vez é uma vez única e não repetível. No verso é assim que você faz. Em cada braçada um jeito de ver o sentimento e a carne. Acho que eu já lhe disse isso.

Lúcia Barcelos disse...

Lindo poema coisas assim tão perfeitas lindo de se ler de ouvir..Lindo demais!!!❤️

Maria Helena Chein disse...


Depois das carícias, das falas de amor, depois do tempo, depois de tudo, fica o belo poema a nos dizer do amor que nunca vai, do amor que fica

Gugu (Luiz Augusto da Paz) disse...

Ah, o amor!
Como não vivê-lo na sua plenitude sem se importar com o tempo ou com o quê. Importa, sim, atirar de corpo e alma nessa busca pela felicidade plena e o prazer real.

Sônia Elizabeth disse...

Viva o amor!