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quinta-feira, maio 27, 2021

Esperança solidão

Página do livro De mãos dadas com a Lua,
1984. Ilustração de Dineia Dutra

Esperança solidão



Este gosto triste da tua ausência 
discorda do instante que espero surgir 
no silêncio do reencontro 
na noite 
ainda que estejamos 
no mesmo mudismo 
da insensatez 
que haveremos de esquecer 
quando amanhecer.


Será no silêncio do reencontro 
que hei de sorrir 
enquanto te amar.


*   *   *

Poeta Luiz de Aquino

8 comentários:

Mara Narciso disse...

Essas birrinhas de enamorados na quais gasta-se tempo e vida com silêncio, podem até acender o amor na reconciliação, mas quando acaba tudo fica o arrependimento de não se ter vivido cada instante.

João Marcelo disse...

Precisamos gravar a Música que foi feita com esse Poema, né?!?

Maria Amélia Carneiro disse...

Ausências...quantas...!
E os instantes de felicidade...cada vez mais breves!

Maria Amélia Carneiro disse...

Ausências...quantas...!
E os instantes de felicidade...cada vez mais breves!

Nádia Vinhas disse...

...como diz a música...a hora do encontro é também despedida...como é bom se reencontrar e deixar o amor gritar dentro de nós.
Lindo poema!

Unknown disse...

O amor não é na realidade um objeto capitalista que tatua em nós a necessidade de amar?

Zanilda Freitas disse...

Que bom, João Marcelo, grave mesmo a música e deixe aqui para ouvirmos.

Sônia Elizabeth disse...

Belíssimo. Bom final de semana.