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sexta-feira, outubro 23, 2020

A Musa dorme


 

A Musa dorme, acorda poeta

 

Rosa deitou ao chão uma toalha rosa
e no vão das peças do piso
vi uma rosa em tons de rosa. 

Aos olhos de quem é luz e mar 
apenas o tecido absorvente aparecia 
e era o mero tecido rosa. 

Não era a Musa, mas a executiva. Não era  
momento de olhar a rosa sobre o solo 
frio e concreto, sem alma. 

Então a Musa adormecida e calma 
despertou a cor da alma. 
E a Musa se fez poeta.


* * * * *


Poeta Luiz de Aquino, da Academia Goiana de Letras.


5 comentários:

Leda Selma disse...

Dois bonitos poemas. Preferência tem um tom pueril, leve, carinhoso, amoroso.
Em a Musa dorme, além do costumeiro lirismo requintado, gostei do jogo semântico com a palavra rosa. Delicadeza marcante.
Parabéns, poeta!👏🏻👏🏻

Rosy Cardoso disse...

Poeta ler seus poemas é absorver um lirismo intenso.Um aprendizado!

Carmem Gomes disse...

Um poema de carinho e amor å musa! Lindo!

Fátima Paraguassu disse...

Poema leve!

Lea Paz disse...

Belo!