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quarta-feira, outubro 28, 2020

Amar em si

 


AMAR EM SI

 

Se houver silêncio, 
haja o toque de olhares 
à busca do mágico e das cores; 
e o calor das mãos 
a explorar a pele e esta, 
imóvel, acolha a carícia 
e reaja em arrepio.

 



Se houver vontades 
(inevitáveis vontades), 
agiremos de pleno 
em gestos e instintos, 
em arrulhos ou gritos 
(ou ainda silentes, 
feito melodia em prece).





* * * *

Luiz de Aquino, poeta. Da Academia Goiana de Letras.



5 comentários:

Zanilda Freitas disse...

"Ainda silentes feito melodia em prece" é o grande enlevo do amor. Bonito isso Poeta!

Miguel Jorge disse...

Sincero e sensível o seu poema, Luiz, parabéns!

Sonja Curado Jayme disse...


Chega a ser assustador quando se trata de amar a si mesmo , mas é fundamental . É o único amor que resiste a tudo e é para sempre. Amei o poema!! 🌹

adeliafreitas disse...

Este poema é uma carícia sutil na sensibilidade guardada na alma. Parabéns, poeta.

Mara Rubia disse...

Se houver SILÊNCIO, se houver VONTADE se houver POEMA ao amanhecer, se houver POETA, e quero avisar que há, se houver Luiz de Aquino, entao, haverá POETICIDADE, por amar a si e por amar ao outro...