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segunda-feira, outubro 05, 2020

Carícias de amansar morangos

 

 





Carícias de amansar morangos



Ardentes meus olhos (de achado),
macias as mãos que me tocam.
Ardentes lábios pedem carícias 
e as tenho — e quantas!



                    Ardente meu peito
                    que oferto em apreço
                    e colho esperanças (e quantas!).







Ardentes mãos de domar angústias.
Ardentes lábios de amansar morangos
nos meus.
Ardentes coxas de embalar segredos,
irrigando sexos (e quanto!).

 

 * * * * * *


Luiz de Aquino, escritor de verso e prosa (da Academia Goiana de Letras).

5 comentários:

Zanilda Freitas disse...

Gosto muito desse seu erotismo sem vulgaridade, Poeta.

Lajedo Hélverton Baiano disse...

Além de tudo é um poema gostoso.

Miguel Jorge disse...

Oi Luiz muito interessante o seu poema já que por si só o morango tem uma conotação erótica, além de ser uma fruta gostosa de se morder, e o seu poema reflete tudo isso, a textura, as cores, os impulsos febris, a linguagem contida e precisa, parabéns!

Maria Helena Chein disse...

Belas imagens da ternura e do segredo a perscrutarem sentimentos e descobertas que povoam a imaginação e a sina do poeta.

Leda Selma disse...

"Ardentes mãos de domar angústias" já legitima a beleza erótica do poema.👏🏻