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quarta-feira, setembro 23, 2020

LEMBRANÇAS DE PORTO

 


Lembranças de porto


   

Beijo morno molhado, com marcas de mel
e pimenta: ambrosia e veneno
de nascer paixão.

 

Pele jambo; e terna, feito olho d’água
das Caldas, berço e infância
de dor e saudade.

 

Viajo teus olhos (cerrado na seca); penso
céu de planalto, extenso e fundo,
convite ao novo beijo:
fecho os olhos.

 

Na mente, um horizonte ativo, mutável.
Estrada, ao fim, feito o mundo
e princípio de amor
para a vida toda.

 

* * * * * *

 

 Luiz de Aquino, poeta e prosador.

 

8 comentários:

Itaney Campos disse...

Valeu, poeta! Bendito quem tem um porto, onde ancorar, ou para se lembrar...

Samuel disse...

Muito bom poeta! Os sentidos se enveredando pelas estradas do mundo em sinestesia no porto da imaginação.

Samuel Thomaz de Aquino disse...

Muito bom, poeta! Os sentidos se enveredando pelas estradas do mundo em sinestesia no porto da imaginação.

Rosamábile Marques de Jesus disse...

Há, Luiz! Que dom maravilhoso...

Raquel Jaime disse...

Lindo !
Lindo !
Lindo !
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Nasr Chaul disse...

Bem bonito. Não vi nada de Porto, só vara e pesca mkkkk
Esse Porto é o de Portugal? Adoro este. A morena é de Angola? Tantos navios e um mero cais...

Rosy Cardoso disse...

Poeta também tenho muitas saudade de me Porto- ontem por meio de uma música fui beijada pelo meu primeiro namorado.
Belo poema!

Mara Narciso disse...

Um derramamento de versos que alimenta a alma e sacode o corpo. Não é paz, é estímulo.