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segunda-feira, setembro 14, 2020

TRIVIAL

 Trivial







Cheiro bom de carne 

fumegante,

tempero, alho e sal 

e o vinho tinto.



Ross, 1990



Cheiro bom da fêmea

instigante,

a lua, a nuvem, a luz

e o absinto.





Cheiro bom de cama,

ofegante

espera, o frio, o sol

e o quanto sinto.

Ross, 1990











Noites, jantares, lugares 

lúcido ocultar-se 

(quem me dera!), paixões 

nascentes puras.



Não há mistérios, tudo é claro

e inaceito. Só as luzes, 

os licores, tudo em cores.

        Quotidiano a construir ternura.




* * * * * *


Luiz de Aquino, poeta e prosador, da Academia Goiana de Letras.


2 comentários:

Mara Narciso disse...

Os seus versos transformam o cotidiano em festa de erotismo, odores, sabores, cores, humores (psicologicos e líquidos corporais) e amores. Viva e reviva a poesia! A sua poesia!

Zanilda Freitas disse...

Lindo isso de "quotidiano a construir ternura" , é tudo que os amantes almejam. Bonito seu poem.