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sexta-feira, novembro 20, 2020

Cesinha Canedo


     

Toda morte nos entristece, muitas nos causam dor e uma estranha sensação de ausência. Cesinha Canedo se foi há pouco e me deixou neste beco de indecisão. Por isso, posto agora mais um poema no blog - um poema em que me refiro a ele e do qual ele gostava muito.

Revivência

 

Tenho tempo 
pra reviver vivências. 
Mona Lisa, moça livre, 
noite insone (Cesinha viveu na zona!).

 

Um Anjo Azul 
reina sobre o Lago 
das Rosas, 
a madrugada reinventa a vida. 
Há poesia, inocência e boemia.

 

Goiânia dorme, espera: 
adolescente renascente em gris, 
cãs precoces, sonhos revividos.

 

Quero acordar outra vez 
em plena Pedezesseis.


 #

 

Luiz de Aquino

3 comentários:

Adriano Curado disse...

Cesinha foi amigo de um saudoso amigo meu, o Gamela. Uma grande perda para nossa cultura. O poema que o homenageia é belo e emocionante.

Mara Narciso disse...

Essas mortes com essa mania de acontecer e nos arrancar pessoas, que desaparecem para sempre. Ficam os bons poemas, fica a zona, ficam as moças livres.

Anônimo disse...

Esse poema é muito bom!