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sábado, novembro 21, 2020

O íntimo

 


O íntimo

 

Chegarei no silêncio da espera 
e abrirei a porta dos sonhos, estes nossos 
que antecedem o encontro e o beijo.

 

Nossas línguas, cúmplices, assinam o pacto 
inevitável e seguro de longos momentos 
de prazer e delírio.

 

Vamos bailar ao ritmo das nossas estrofes 
e levitar nossas peles eriçadas 
ao chão dos anjos.

 

E eu te beijo, muito e sempre, 
toda a pele, toda ela.

 



Vou te amar em desejo e sentimento, 
deliciar-me de seus picos e vales cálidos 
e embriagar-me do mel que colherei na fonte.

 

Entre nossas bocas e odores, 
fremiremos de gozo pleno. 
E já começamos a sonhar 
o novo êxtase.

 

*&*


 Luiz de Aquino, poeta. Da Academia Goiana de Letras.

 


 

8 comentários:

Mara Narciso disse...

Delicadamente, arrebenta de gosto e gozo.

Rosilda Nunes disse...

Muito bem colocado. Sentimentos natos tão bem retratados. O eu lírico busca a transparência de momentos, raros , únicos e verdadeiros...

Rosilda Nunes disse...

Excelentes, és um poeta maior, trabalhas palavras intrinsicamente ligadas a momentos indescritíveis da vida humana.
Isso é raro!...

Zanilda Freitas disse...

Erótico e lindamente romântico!

Unknown disse...

Poucos poetas falam de amor tão bem como você. Lindo poema!

Léo Araújo disse...

"Embriagar-me do mel que colherei na fonte", muito bonito 👏👏

Rosy Cardoso disse...

Poeta você arrastou prazeres!!!
Vivaaahhh!!

Emílio Vieira disse...

ÍNTIMO - Bela imagem, "Chegarei no silêncio da espera e abrirei a porta dos sonhos".