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quinta-feira, novembro 05, 2020

Porque chovia



Porque chovia


 

O dia parou na tarde; a tarde,

no tempo porque chovia

e era urgente um abrigo.

 

Adeus, por ora, que a palavra arde

e, por Deus!, eu não podia

olhar-te feito amigo.

 

Um verso nasceu em mim, 

guardei-o dentro do peito; 

olhava sua boca, carmim.

 

A frase brotou sem jeito,

verso quebrado, chinfrim. 

Poema triste, enfim. Imperfeito.

 

 
& & &

Luiz de Aquino, poeta, da Academia Goiana de Letras.

 

7 comentários:

Unknown disse...

Gosto muito de seus poemas de amor. Muito bom, meu querido poeta!

Bento Fleury disse...

Parabéns. Um presente para o dia de hoje. Muito obrigado ❤️Parabéns. Um presente para o dia de hoje. Muito obrigado ❤️

Regina Franco disse...

Poema perfeito! Palmas para o poeta!

Sinésio Dioliveira disse...

Boca de carmim faz a gente chover de amor no pomar da amada. Belo poema.

Fátima Sousa disse...

Muito lindo, me fez recordar uma velha paixão; naquela tarde chovia... Só quem namorou na tarde de chuva pode sentir esse verso.💕💞

Mara Narciso disse...

"Eu não podia olhar-te feito amigo". Verso singelo de comunicação retumbante. Este é o poeta Luiz de Aquino, que usa da delicadeza e da suavidade das palavras como um arsenal de derramamento de emoções. É verdade e dou fé.

Vânia Bávaro disse...

Eu vivi um grande amor que teve início na chuva ��️❤️