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domingo, dezembro 13, 2020

Rios

 

Rios

 

Os rios são grandes,
visuais, palpáveis.
Alimentam, dão e permitem
a vida
e correm morosos
às vezes,
às vezes céleres
e só têm um destino.

Rios são valsas Danúbio,
poemas Tâmisa e Sena
e Reno e Pó,
são lendas Amazonas
e esperanças São Francisco,
Araguaia e Xingu.
E ainda certezas Grande,
Paraná, Tocantins.

 

Rio língua e carícia
Tejo sêmen de história Brasil.

Mas há um rio no fundo 
dos olhos 
e à tona de todas as lembranças.

 

Rio de imagens e gente feliz, 
Rio samba, futebol e cachaça, 
Rio trabalho, escolas, ternuras 
e lembranças as mais doces 
dos anos adolescentes.

 

            Conhece o Rio de Janeiro?


* & *


Luiz de Aquino, poeta, da Academia 
Goiana de Letras.

7 comentários:

Maria Helena Chein disse...

Lu, seus últimos poemas são belos, mas RIOS é um caso à parte. Belíssimo, sinuoso, penetrante. Nossos grandes rios e o maravilhoso Rio de Janeiro, agora com terríveis ondas de tristeza pelo que lhe acontece, são amorosamente cantados por você. Um beijo, meu querido poeta.

Sinésio Dioliveira disse...

Dei um mergulho estético em Rios. Belo poema.

Miguel Jorge disse...

Muito bom o seu Rios, Luiz, bem finalizado,.com ritmo e tudo mais que o poema pede.

Samuel disse...

Muito bom primo poeta! Um verdadeiro rio rítmico!

Mara Narciso disse...

Muita habilidade para essas virada sensacional de ir da água doce para a água salgada do Rio-mar de doces lembranças da juventude.

Mara Narciso disse...

Muita habilidade para essa virada sensacional de ir da água doce para a água salgada do Rio-mar de doces lembranças da juventude.

Anônimo disse...

Lindo poema, que fala de nossos doces rios com tanto amor e um final inesperado com o belo e inesquecível Rio de vários Janeiros...