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sábado, janeiro 16, 2021

À moça de ontem

 


À moça de ontem


Ela se foi e ficou
um gesto e a promessa
de hoje, às quatro e tal.

Ficou um silêncio
de triste
e ficou esperança.

A moça de ontem
olhou-me por dentro
e de dentro.

Que mãos de cândida
e voz de cantiga!
É anja, a moça!

Vestia rendas de alva.
Nos olhos brilhava mel
e me beijava.

A moça de ontem se foi
e era linda.
Quanto tempo, moça!


* * * * *
Luiz de Aquino, da Academia Goiana de Letras.

9 comentários:

Zanilda Freitas disse...

Mais uma joia a nos encantar.

Débora disse...

Quanta delicadeza!

Sônia Elizabeth disse...

A moca se foi mas volta sempre nas recordacoes. Bom domingo, poeta!

Gugu disse...

No alvorecer dos sentimentos mais puros e profundos;moças como tal povoaram sonhos e paixões. É como sonhos marcaram nossas vidas.

Vera Lúcia Alves Mendes Paganini disse...

Que poema lindo!!!
Quanta sensibilidade!

Muito bom! Parabéns!

Vera Lúcia Alves Mendes Paganini disse...

Que poema lindo!!!
Quanta sensibilidade!

Muito bom! Parabéns!

Anônimo disse...

Muito linda esta poesia! Amei!!😘

Anônimo disse...

Amo tudo que você escreve 💖

Anônimo disse...

Belíssima poesia ... suas inspirações com certeza vêm do âmago mais profundo...