De um conjunto de poemas exaltando Minas Gerais, este domingueiro, numa viagem de carro há 35 anos:
![]() |
Nova Era, MG. |
IV – Nova Era Minas
(Nova
Era, vista da rodovia, dezembro/86)
Estão cheios os rios de Minas
no domingo derradeiro.
Não
há nada mais mineiro
que uma tarde de domingo.
Os rios de Minas estão cheios
e as estradas de Minas enfeitam-se nas margens
com as cores todas de trajes domingueiros.
Não
há nada mais domingueiro
que o povo mineiro.
Meu jeito goiano viaja veloz
nas estradas de Minas.
Amanhã
tem Bahia
para eu ver o que tem.
Nas rochas negras do vale do aço
nem sei o traço para o amanhã.
Nova Era, talvez, vulvamente espremida entre morros,
beijada de manso pelas águas, torrentes
das chuvas de Minas sobre o rio.
Na tarde de Minas, domingo final de dezembro,
ainda chove em pedaços de tarde.
E ainda
há Minas, José!,
apesar das estradas esfaceladas
ante a pujança do aço
no doce vale.
* * *
Poeta Luiz de Aquino, da Academia Goiana de Letras.
6 comentários:
“Não há nada mais mineiro que uma tarde de domingo...” - muito bom!
Muito bom mesmo seu poema, Luiz, viagem prazerosa pelas paisagens mineiras.
Gostei muito do poema exaltando a beleza de Minas Gerais na sua proveitosa viagem.
Nova era Minas
O homem viaja nas estradas de Minas com os rios e as rochas, correndo manso
naquele “domingo final de dezembro” e ele sabe do povo domingueiro, porque é goiano de coração maior que Minas. E ainda mais que tudo, é poeta. Dos bons.
Um poema louvando Minas como se louvasse uma mulher!
Nova Era... cidade natal de minha avó materna ( Anna Theresa Martins da Costa)!
Postar um comentário