Em João Pessoa
![]() |
"De São Francisco, no plangente bronze..." |
Morasse eu em João Pessoa
poderia ler nas ruas,
edifícios e pedras
a História.
Acordaria ao sol nascente
(sem horários de verão):
caminhadas na praia,
sorrisos, bom-dias
e a volta − o leite
pão e frutas,
veria jornais da tevê
− não haveria perder tempo.
Morasse em João Pessoa,
teria assunto
e poetas com-quem: Lau,
Antônio, Dira e André,
Limeiras irmãs e Joana,
Linaldo primo e Petra
e Suzy, também − sarau.
A tarde ao fim,
Jacaré Cabedelo: o sax de acordes
faz o dia dormir
(mais cedo, que aqui
é Leste demais).
Morasse em João Pessoa,
ai!
4 comentários:
Dizem que viajar é bom, mas voltar para casa é melhor...salve João Pessoa, salve o Brasil...
Gostei do seu poema Luiz, o final foi surpreendente, abraços.
Ótimo final. Nós goianos somos assim. Amorosos.
O poema tem toda razão: Goiás não tem concorrente. Amor e saudade, sim, são concorrentes, mas, também, ironicamente, parceiras.
Postar um comentário