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segunda-feira, janeiro 25, 2021

Em João Pessoa

Em João Pessoa



"De São Francisco, no
 plangente bronze..."


O famoso Centro Histório, orgulho nacional.




Morasse eu em João Pessoa
poderia ler nas ruas,
edifícios e pedras
a História. 

Acordaria ao sol nascente
(sem horários de verão):
caminhadas na praia,
sorrisos, bom-dias
e a volta − o leite
pão e frutas,
veria jornais da tevê
− não haveria perder tempo. 

Morasse em João Pessoa,
teria assunto
e poetas com-quem: Lau,
Antônio, Dira e André,
Limeiras irmãs e Joana,
Linaldo primo e Petra
e Suzy, também − sarau. 

A tarde ao fim,
Jacaré Cabedelo: o sax de acordes
faz o dia dormir
(mais cedo, que aqui
é Leste demais).


            Morasse em João Pessoa,
            ai!
            Morreria de saudade
            de Goiás.


Goiânia
Caldas Novas
Rio Araguaia
 

Pirenópolis


* * * 

Poeta Luiz de Aquino, da Academia Goiana de Letras.



4 comentários:

Sônia Elizabeth disse...

Dizem que viajar é bom, mas voltar para casa é melhor...salve João Pessoa, salve o Brasil...

Miguel Jorge disse...

Gostei do seu poema Luiz, o final foi surpreendente, abraços.

Unknown disse...

Ótimo final. Nós goianos somos assim. Amorosos.

Leda(ê) Selma disse...

O poema tem toda razão: Goiás não tem concorrente. Amor e saudade, sim, são concorrentes, mas, também, ironicamente, parceiras.