A moça à porta
Moça magra de vestido
claro
à porta.
Sorriu para mim, recitou bom dia
e tinha nos olhos
luzes que o sol tentava pôr na manhã.
Era novembro.
(O som de vozes
enricou o palco
de São Joaquim).
A moça alta de
vestido claro
contou coisas de ler e letras.
Ao falar, encheu o ar
de mel e música.
(Houve a tarde de sol
cáustico
mas há o sempre Rio Vermelho e sobre ele
debruça Cora, casa e passado).
Quintal de muitas
ateiras.
canto sonoro de pássaros.
O sol promete ir embora.
A moça alva de vestido claro
enfeita a soleira.
Nossos olhos fulminam-se, doces.
Mais doces são os
lábios
colados silentes na despedida.
11 comentários:
Que lindo esse poema!
Que beleza de poema Luiz, parabéns, abraços.
Bucolico, saudoso, com cheiro de cidade historica.
Uma riqueza de poema.
Ettaaahhh poeta lindo! Adorei
Da até pra musicar .
Eta, poeta lindo!... essa moça bonita dá até pra musicar.
A moça à porta
Belo poema, cheio do poeta e da poesia! Imagens com forte presença amorosa de quem observa e de quem se deixa ver, em toda sua plenitude de mulher.
Bom dia amigo, belíssimo poema, que bateu em minha porta.
Lindo poema, A moça à porta aberta! Parabéns!
Que entardecer poético... Parabéns!!!
"O som de vozes enricou o palco de São Joaquim". Poesia toda linda, que se derrama e escorre macia. Ô, poeta!
Postar um comentário