Seja lembrança
Deixa ficar só assim
esse amor de arremedo,
essa lembrança de nós.
Há de haver sempre o carinho
dos teus passos encurtados,
passos raros, leves, soltos,
de pernas bem torneadas
(imagens inaugurais
aos meus olhos de tesão).
Deixemos que fiquem assim
as imagens de nós dois,
imagens de curtas viagens,
dos beijos primeiros em meio
às mordidas do bíblico pecado.
Seja assim tua lembrança
no carinho das compras primeiras
e na estreia do leito a só.
Só? Só. Mas tu estavas,
silente e afetiva presença:
mão macia em meu cabelo,
meu peito feito travesseiro
no teu rosto de esperança.
* * *
Luiz de Aquino, poeta (da
Academia Goiana de Letras).
5 comentários:
Show! Magnifico.
Parabéns primo poeta!
Escolho ler seus lindos poemas a noite, para me deixar com o coração leve e dormir melhor.
Amei a gentileza de nos enviar as poesias.
Obrigada pelos poemas.
E quem não viveu as esperanças que o amor enseja,com certeza nunca amou.
Doçura, ternura, suavidade. O amor mostra-se tão jovem que, com a ajuda das ilustrações, imagino coisas da mocidade. Poema tem essa sugestão: é fato verdade e caso próprio. Ou não?
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